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15 outubro 2020

How has COVID-19 affected working hours and income?

How has COVID-19 affected working hours and income? Inactivity is rising faster than unemployment and needs policy attention.

14 outubro 2020

A situação é de calamidade ou de catástrofe?


Com os casos de Covid-19 a poderem chegar rapidamente aos 3.000 em Portugal - a barreira do milhar foi ultrapassada a 20 de Setembro... - o governo considera que não é uma catástrofe mas uma situação de calamidade, para a qual foi aprovada hoje uma resolução em Conselho de Ministros e que irá vigorar no território nacional continental até 31 de Outubro de 2020.

A situação de calamidade permite, "por razões de segurança dos próprios ou das operações, estabelecer limitações quanto ao acesso e circulação de pessoas estranhas às operações, incluindo órgãos de comunicação social".

Ela também "é condição suficiente para legitimar o livre acesso dos agentes de protecção civil à propriedade privada". [act.: o artigo 23º desta lei refere-se ao "Acesso aos recursos naturais e energéticos"]

Em resumo, e em plena discussão do OE para 2021, a comunicação social pode ser limitada, enquanto o "castelo" do cidadão terá porta aberta para os agentes. Adeus, liberdade de imprensa.

O recente relatório da Freedom House é explícito: "A pandemia do Covid-19 gerou uma crise para a democracia em todo o mundo. Desde o início do surto de coronavírus, a condição da democracia e dos direitos humanos piorou em 80 países. Os governos reagiram cometendo abusos de poder, silenciando os seus críticos e enfraquecendo ou fechando instituições importantes, muitas vezes minando os próprios sistemas de responsabilização necessários para proteger a saúde pública".

E adeus, privacidade familiar e individual, sem garantir que não haverá abusos das autoridades.

O governo pretende tornar obrigatório "o uso de máscara comunitária na via pública, sempre que não for possível manter o distanciamento social necessário".

A recomendação da OMS sobre o assunto é clara, em caso de epidemia ou de pandemia: só quando o risco é elevado de contágio.

A decisão pode ser controversa, apesar de se saber que as máscaras protegem, mas o que OMS também diz é que não recomenda "em qualquer circunstâncias" o rastreamento de contactos, excepto nos primeiros momentos da pandemia para comunidades fechadas, que já foram ultrapassados há um semestre.

Na mesma direcção, e ao contrário do que é dito várias vezes, "a maior parte da esperança depositada nos esforços de rastreamento de contactos para controlar a epidemia é, em última análise, inútil. Pode ser útil quando o número de casos numa epidemia é muito pequeno e somente se for aplicado de forma agressiva sem ter em conta os direitos de privacidade. Em casos que não se enquadram nessa descrição, o rastreamento de contacto pode piorar o surto".

Sem recursos humanos para esta estratégia, o governo volta a insistir no uso da aplicação Stayaway Covid "no contexto laboral, académico, nas forças armadas e de segurança e na Administração Pública em geral".

A justificação para este interesse não existe e a própria instituição que desenvolveu a app mostrou-se "surpreendida" com o anúncio de hoje, classificando-o de “decisão política”.

Os resultados preliminares de utilização da app são, no mínimo, confusos. O Inesc Tec e o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Luís Goes Pinheiro, revelaram há dias que ela tinha sido "descarregada por mais de um milhão de pessoas".

No mesmo dia, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde referiu que “já foram feitos mais 1,4 milhões de downloads da aplicação StayAway Covid, mas apenas foram introduzidos 116 códigos, que deram origem a 136 chamadas para a Linha de Saúde 24″, indicou António Lacerda Sales.

No entanto, quando se procuram os dados nas "app stores" Android e da Apple, os valores são muito menores. Na primeira fala-se de "500.000+", enquanto para iOS se nota ser de "uso pouco frequente/moderado".

Confusão à parte, a Comissão Europeia foi clara sobre este tipo de apps, ao declarar que o seu uso deve ser voluntário. António Costa parece discordar.

E pode-se supor o que queria dizer Goes Pinheiro quando declarou: "Estamos a estudar algumas novas abordagens à app. Solicitámos à Comissão Nacional de Proteção de Dados algumas indicações para, dentro do quadro da privacidade, criar condições para agilizar algumas operações", fazendo ainda notar que a aplicação “se centra na liberdade”.

Entre a liberdade do Estado e a dos cidadãos parece haver uma distância. A CNPD já se pronunciou sobre a decisão governamental e vê “graves questões” para a “privacidade dos cidadãos”.

Também constitucionalistas, BE, CDS e IL estão contra essa obrigatoriedade.

Tal como Francisco Louçã, que pediu ao governo: "Não crie problemas onde eles não existem, já basta os que temos".

Por fim, o dinheiro. Desde Março que existem demasiadas leis e resoluções e recomendações e situações e sobreposições e remoções legislativas que facilitam as autuações.

É óbvio que alguém tem de pagar a crise. Na Grã-Bretanha, é a classe média...

Mas ao determinar "às forças e serviços de segurança e ASAE" que fiquem como responsáveis pelas "acções de fiscalização do cumprimento das normas", no âmbito do decreto-lei publicado em Junho passado, o Governo mistura a saúde pública com os cofres públicos. Era desnecessário.


FMI: A Long and Difficult Ascent

World Economic Outlook, October 2020: A Long and Difficult Ascent: To contain the coronavirus (COVID-19) pandemic and protect susceptible populations, most countries imposed stringent lockdown measures in the first half of 2020. Meanwhile, economic activity contracted dramatically on a global scale. This chapter aims to dissect the nature of the economic crisis in the first seven months of the pandemic. It finds that the adoption of lockdowns was an important factor in the recession, but voluntary social distancing in response to rising infections also contributed very substantially to the economic contraction. Therefore, although easing lockdowns can lead to a partial recovery, economic activity is likely to remain subdued until health risks abate.

What you need to know about the coronavirus pandemic on 14 October

COVID-19: What you need to know about the coronavirus pandemic on 14 October: Top stories: A fragile global economic recovery; 'partial lockdown' in the Netherlands; $12 billion in funding for developing countries announced.

13 outubro 2020

COVID-19 and Excess All-Cause Mortality in the US and 18 Comparison Countries

COVID-19 and Excess All-Cause Mortality in the US and 18 Comparison Countries: The US has experienced more deaths from coronavirus disease 2019 (COVID-19) than any other country and has one of the highest cumulative per capita death rates. An unanswered question is to what extent high US mortality was driven by the early surge of cases prior to improvements in prevention and patient management vs a poor longer-term response. We compared US COVID-19 deaths and excess all-cause mortality in 2020 (vs 2015-2019) to that of 18 countries with diverse COVID-19 responses.

Characteristics of SARS-CoV-2 and COVID-19

Characteristics of SARS-CoV-2 and COVID-19: Severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) is a highly transmissible and pathogenic coronavirus that emerged in late 2019 and has caused a pandemic of acute respiratory disease, named ‘coronavirus disease 2019’ (COVID-19), which threatens human health and public safety. In this Review, we describe the basic virology of SARS-CoV-2, including genomic characteristics and receptor use, highlighting its key difference from previously known coronaviruses. We summarize current knowledge of clinical, epidemiological and pathological features of COVID-19, as well as recent progress in animal models and antiviral treatment approaches for SARS-CoV-2 infection. We also discuss the potential wildlife hosts and zoonotic origin of this emerging virus in detail.

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12 outubro 2020

5 Charts That Show Sweden’s Strategy Worked

5 Charts That Show Sweden’s Strategy Worked. The Lockdowns Failed: Government officials in Sweden announced this week that the government expects to maintain its mild restrictions on gatherings “for at least another year” to mitigate the spread of COVID-19.

Unlike most other European countries and nations around the world, Sweden declined to initiate a nationwide lockdown or mask mandates, opting instead for a policy that restricted large gatherings and relied on social responsibility to slow transmission of the virus.

For months, Sweden was criticized for its decision to forego an economic lockdown.